Primeiramente no RI-5, Regimento de Infantaria nº.5 nas Caldas da Rainha, na recruta 2º.turno de 71, 4ª.Companhia nº.1375.
Seguindo-se a especialidade na acolhedora e bonita cidade do Porto, no CICA-1, na Rua D. Manuel II, ao lado do Palácio Cristal.
Foi aqui que a especialidade foi concluída.
Num quartel bem localizado, e principalmente por ter tido uma especialidade de instrutor de condução auto, dado que gostava imenso de automóveis e já possuia antes de iniciar a vida militar a respectiva licença de condução.
Foram meses de excelente vivência nesta acolhedora unidade militar.
Mas, nem tudo pode ser bom até ao fim, e foi aí que em Janeiro de 1972, mais precisamente no dia 2, quando me apresentei das mini-férias natalicias que recebo a ordem de serviço indicando a minha mobilização para terras Angolanas.
Foi uma surpresa muito grande, e uma dor que nos enche a alma de incertezas e na nossa cabeça um descontentamento que não apaga os momentos vividos com prazer nesta cidade que me acolheu e tão bons momentos passados.
Veio o inevitável, o dia em que tinha de me apresentar no aeroporto Figo Maduro, para embarcar para Luanda.
Foram dias vividos de muita amargura, de muita tristeza e principalmente muita ignorância sobre o que iriamos encontrar em terras africanas.
Mas, ao aterrar às nove da manhã em Luanda, com um calor abrasador e sair de Lisboa com um frio de bater os dentes, logo aí foi uma surpresa agradável.
Mas, a maior surpresa vinha poucas horas depois de ter efectuado todas as formalidades de desembarque, e seguir para o quartel dos Adidos para as apresentações obrigatórias.
Tudo isto antes da hora do almoço, que viria logo a seguir. Quando apanho o autocarro militar para a Av. dos Combatentes, e com destino à Messe dos Sargentos para efectuar a respectiva refeiçao.
Saí do autocarro e ficando no passeio em frente à Messe para atravessar a Avenida dos Combatentes, alguns segundos depois, ouço uma buzina de um carro e uma voz a chamar por Guiné, Augusto Guiné, não tive palavras para descrever aquele momenmto.
Aparecem depois de saírem da sua viatura ao meu encontro, o meu querido amigo Ildo e esposa, para me abraçarem e perguntarem o que estava a fazer alí.
A partir daqui, parecia que me encontrava de novo em Campo de Besteiros, porque transmitiram aos nossos conterrâneos e amigos, Avelar Adão, Miltom, Ademar, Adail eu sei lá quantos não estavam a ser contactados a dar a noticia que eu iria ficar em Luanda. Durante um mês que permaneci nesta bela cidade à beira-mar, e capital de Angola, meus amigos, mais parecia estar em Campo de Besteiros do que a prestar serviço militar.
Mas como tudo na vida tem os seus contras.
Surgiu um colega Sargento mais graduado que teve conhecimento da minha chegada a Luanda e logo tratou da minha substituição para o Humabo e para a maravilhosa e encantadora cidade de Nova Lisboa.
Então, em 8 de Março de 1972, parti numa coluna militar às cinco da manhã, para chegarmos ao quartel Grupo de Artilharia de Campanha n.2 no Bairro de S. António, já muito próximo das 7 da noite.
As apresentações da praxe, e um condutor de serviço para me levar ao Africa Hotel,para passar a noite, no dia seguinte seguir de novo para o quartel e fazer a minha apresentação oficial.
E, foi no CICA-GAC 2, que me apresentei logo de manhã, ao Capitão José da Costa Matos. Um senhor com "H" grande, um homem de bom coração, e depois de saber que vinha do CICA 1 do Porto, ainda mais ficou surpreendido como fui parar a Nova Lisboa.
Na foto Eu, mãe Lurdes, pai Bernardino, cunhada Azélia, irmão António, sobrinhos António Adelino, Luis e Marisa.
O destino assim o marcou, e foi nesta lindíssima cidade, que permaneci até regressar no dia 4 de Abril de 1974. Pelo meio ainda vim um mês de férias de 15 de Agosto a 15 de Setembro de 72. Foi uma grande felicidade como a foto mostra, de ter nessas férias o prazer de ter junto de mim o meu querido Pai, pela última vez.
A imagem mostra a última foto de familia completa. E em Nova Lisboa ter também a sorte e a felicidade de ter encontrado o meu querido primo José Neves, infelizmente já falecido, e de me ter convidado para viver em sua casa o tempo que fosse necessário no Bairro do Ferrovia.
A imagem mostra a última foto de familia completa. E em Nova Lisboa ter também a sorte e a felicidade de ter encontrado o meu querido primo José Neves, infelizmente já falecido, e de me ter convidado para viver em sua casa o tempo que fosse necessário no Bairro do Ferrovia.
Durante a permanência nesta bela cidade, tive o prazer de transmitir aos meus alunos instruendos, os meus conhecimentos e fazendo-lhes sentir que na sua vida civil, poderiam ter uma grande ferramenta para trabalhar, que era a licença de condução de automáveis ligeiros e pesados.
Foi um prazer muito grande ter manisfestado toda a minha experiência de instrutor de condução, a todos os que pela minha mão fizeram exame de condução, e, mais tarde fizeram o favor de novo me procurar, e manifestar o seu carinho e reconhecimento, pelo facto de não terem andado com uma arma na mão, mas sim por terem a possibilidade de na vida civil, poderem ter uma colocação de trabalho como motoristas.
São estas as aventuras passadas ao longo de largos meses numa cidade acolhedora e que nos deixa um sentimento muito grande de uma parte da nossa vida, vivida num lugar onde deixámos muitos amigos civis e militares, que nunca mais poderemos esquecer.
E ter também recebido o meu amigo e colega de escola o Avelar quando da sua passagem por Nova Lisboa a caminho da Guiné.
Foi um prazer muito grande ter manisfestado toda a minha experiência de instrutor de condução, a todos os que pela minha mão fizeram exame de condução, e, mais tarde fizeram o favor de novo me procurar, e manifestar o seu carinho e reconhecimento, pelo facto de não terem andado com uma arma na mão, mas sim por terem a possibilidade de na vida civil, poderem ter uma colocação de trabalho como motoristas.
São estas as aventuras passadas ao longo de largos meses numa cidade acolhedora e que nos deixa um sentimento muito grande de uma parte da nossa vida, vivida num lugar onde deixámos muitos amigos civis e militares, que nunca mais poderemos esquecer.
E ter também recebido o meu amigo e colega de escola o Avelar quando da sua passagem por Nova Lisboa a caminho da Guiné.
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